The Last of Us: é provável que uma pandemia de fungos crie zumbis na vida real? – 29/01/2023

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The Last of Us: é provável que uma pandemia de fungos crie zumbis na vida real? - 29/01/2023 1


Os fungos do gênero Cordyceps, retratados na série, existem de verdade. E, na vida real, eles de traje transformam suas vítimas em ‘zumbis’.

A novidade série The Last of US, da HBO, apresenta um cenário pós-apocalíptico em que há milhares de pessoas transformadas em zumbis em seguida uma infecção por um fungo se tornar uma pandemia. A série foi a segunda maior estreia deste ano da plataforma HBO MAX e o terceiro incidente fica disponível neste domingo (28).

O cenário pode ser imaginoso, mas o tipo de fungo representado na série existe de verdade. São fungos dos gêneros Cordyceps e Ophiocordyceps e na vida real eles realmente transformam suas vítimas em zumbis.

Os esporos deste tipo de fungo entram no corpo da vítima, onde o fungo cresce e começa a sequestrar a mente de seu hospedeiro até que ele perda o controle e seja empurrado a subir para um terreno mais cume. O fungo sevandija devora sua vítima por dentro, extraindo até o último nutriente, enquanto se prepara para seu grande ato final.

Logo – em uma cena mais perturbadora do que o filme de terror mais terrífico – um tentáculo de morte irrompe da cabeça. Levante corpo do fungo espalha esporos em tudo ao seu volta – condenando outras vítimas ao mesmo sorte se estiverem próximas para serem infectadas.

Para nossa sorte, os fungos deste gênero são capazes de contaminar exclusivamente formigas – e somente algumas espécies. Outros fungos similares contaminam outras espécies de inseto, de maneira parecida. Levante documentário da BBC (em inglês) mostra uma formiga contaminada pelo fungo:

O funcionamento desses fungos parasitas inspirou o jogo de videogame The Last of US, no qual a série da HBO foi baseada.

Na trama dessas obras de ficção, fungos Cordyceps passam a se tornar capazes de infectar humanos e causam uma pandemia capaz de levar ao colapso da sociedade.

Mas no mundo real, uma pandemia de Cordyceps – ou causada por outro fungo – é alguma coisa que realmente poderia intercorrer?

“Acho que subestimamos as infecções fúngicas por nossa conta e risco”, diz o médico Neil Stone, principal perito em fungos do Hospital de Doenças Tropicais de Londres. “Já fizemos isso por muito tempo e estamos completamente despreparados para mourejar com uma pandemia fúngica.”

Lista de fungos perigosos para humanos

No final de outubro do ano pretérito, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou sua primeira lista de fungos com maior risco para a saúde pública.

Os fungos da lista são realmente ameaçadores, mas – pra nosso conforto – não existe na lista nenhum capaz de transformar humanos em zumbis.

Por que não?

A microbióloga Charissa de Bekker, da Universidade de Utrecht, no Reino Unificado, estuda porquê os fungos Cordyceps zumbificam as formigas e diz que não vê porquê isso poderia ocorrer com pessoas.

“A nossa temperatura corporal é simplesmente muito subida para a maioria dos fungos, incluindo o Cordyceps”, explica. “O sistema nervoso deles é mais simples do que o nosso, logo é muito mais fácil sequestrar o cérebro de um inseto do que o multíplice cérebro humano.”

Ou por outra, explica ela, os sistemas imunológicos deles são muito diferentes dos nossos, o que também dificultaria esse “sequestro”.

Uma lagarta consumida por um fungo parasita - as protuberâncias liberam esporos - Getty Images - Getty Images

Uma lagarta consumida por um fungo sevandija – as protuberâncias liberam esporos

Imagem: Getty Images

A maior secção das espécies parasitas de Cordyceps evoluiu ao longo de milhares de anos para se individuar em infectar exclusivamente uma espécie de inseto. A maioria não pula de um inseto para o outro.

“Para esse fungo ser capaz de ir de um inseto para nós e conseguir nos infectar da mesma forma, é uma intervalo muito grande”, diz Bekker.

Ameaças mortais

No entanto, a ameaço de uma pandemia fúngica é muito real, embora tenha sido subestimada por um longo tempo. “As pessoas pensam em fungos porquê um pouco trivial, superficial ou sem relevância”, diz o médico Neil Stone.

Exclusivamente algumas das milhões de espécies de fungos causam doenças em seres humanos. No entanto, algumas dessas podem ser muito piores do que uma unha infectada ou uma frieira.

Os fungos matam muro de 1,7 milhão de pessoas por ano – murado de três vezes mais que a malária.

A OMS identificou 19 fungos diferentes que considera preocupantes.

Os mais graves são a Candida auris, o Cryptococcus neoformans e o Mucormycetes – que come nossa mesocarpo tão rapidamente que leva a...

graves lesões faciais.

A ameaço global da cândida auris

A Candida auris é uma levedura – e libera o mesmo cheiro de levedação de uma cervejaria ou de uma tamanho de pão.

Mas, diferentemente das leveduras benéficas que usamos para a comida, a Candida auris é um sevandija terrível.

Ela contamina o sangue, o sistema nervoso e os órgãos internos. A OMS estima que metade das pessoas infectadas por Candida auris morrem.

O primeiro caso documentado foi no ouvido de um paciente do Hospital Geriátrico Metropolitano de Tóquio em 2009, e desde logo o fungo tem se espalhado pelo mundo.

A Candida auris é muito difícil de ser combatida – algumas cepas são resistentes a todos os medicamentos antifúngicos que temos. Por isso muitas vezes ela é chamada de “superfungo”.

A transmissão ocorre principalmente através de superfícies contaminadas em hospitais – é um fungo realmente difícil de limpar completamente. Muitas vezes, a solução é fechar alas inteiras de hospitais, alguma coisa que já aconteceu no Reino Unidos.

Neil Stone diz que a Candida auris é o tipo de fungo mais preocupante e que não podemos ignorá-lo, pois uma pandemia causada por ele poderia levar ao colapso dos sistemas de saúde.

Neil Stone afirma que a Candida auris deve ser nossa principal preocupação - James Gallagher - James Gallagher

Neil Stone afirma que a Candida auris deve ser nossa principal preocupação

Imagem: James Gallagher

Fungo mortal

Outro fungo mortal – o Cryptococcus neoformans – é capaz de entrar no sistema nervoso das pessoas e originar uma meningite devastadora.

Os britânicos Sid e Ellie tiveram contato com a doença nos primeiros dias de sua lua de mel na Costa Rica. Elle começou a passar mal e seus sintomas iniciais – dores de cabeça e náuseas – foram atribuídos ao excesso de sol. Mas depois ela começou a ter espasmos e convulsões fortíssimas.

“Nunca vi um pouco pior, me senti tão impotente”, diz Sid à BBC.

Exames feitos mostraram inflamação em seu cérebro e identificaram o Cryptococcus porquê a desculpa. Felizmente, Ellie respondeu ao tratamento e saiu do coma em seguida 12 dias em respirador.

“Só me lembro de gritar”, diz ela, que tinha delírios quando estava infectada.

Agora ela está se recuperando muito.

Ellie diz que “nunca” pensou que um fungo pudesse fazer isso com uma pessoa. “Você não acha que vai quase morrer na sua lua de mel.”

Fungo preto

Outra ameaço à saúde pública é o Mucormycetes, também publicado porquê fungo preto. Ele justificação uma doença gravíssima chamada mucormicose, que normalmente atinge pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Ele se reproduz tão rapidamente que, se estiver sendo cultivado em laboratório, é capaz de fazer a tampa da placa petri pular.

“Quando deixa um pedaço de fruta estragar e no dia seguinte ela virou uma papa, é porque havia um fungo mucormycetes dentro dela”, diz a médica Rebecca Gorton, investigador do HSL, o laboratório de serviços de saúde em Londres.

Ela diz que a infecção é rara em humanos, mas pode ser realmente grave quando acontece.

O fungo ataca o rosto, os olhos e o cérebro e pode ser infalível ou deixar as pessoas gravemente desfiguradas. Uma infecção se espalha tão rapidamente no corpo quanto nas frutas ou no laboratório, afirma Gorton.

Durante a pandemia de covid, houve uma explosão de casos de fungo preto na Índia. Mais de 4.000 pessoas morreram. Acredita-se que o esgotamento do sistema imunológico das pessoas e os altos níveis de diabetes no país ajudaram na proliferação do fungo. Murado de 30 casos de contaminação por mucormicose foram registrados no Brasil em 2021, durante a pandemia de covid.

Devemos levar os fungos mais a sério?

Os fungos geram infecções muito diferentes das provocadas por bactérias ou vírus. Quando um fungo nos deixa doentes, ele quase sempre é captado do envolvente, em vez de se espalhar por meio de tosses e espirros.

Estamos todos expostos a fungos o tempo todo, mas eles geralmente precisam de um sistema imunológico enfraquecido para conseguirem se desenvolver.

Stone diz que uma pandemia fúngica provavelmente seria muito dissemelhante da pandemia de covid – tanto na forma porquê se espalha quanto no tipo de pessoa que infecta.

Ele acha que a ameaço existe por desculpa “do volume de fungos que existem no meio envolvente” e por culpa de “mudanças climáticas, viagens internacionais, número crescente de casos e do profundo descaso que temos em termos de tratamentos”.

Esta reportagem foi originalmente publicada em – https://www.bbc.com/portuguese/universal-64442967



Fonte