Quais são os lugares com mais chance de encontrarmos vida fora da Terreno? – 20/06/2021

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Quais são os lugares com mais chance de encontrarmos vida fora da Terreno? - 20/06/2021 1


Um satélite de Júpiter é uma das principais apostas para encontrarmos vida fora da Terreno. Europa, uma das quatro luas galileanas do planeta, é coberta por uma crosta de gelo com um oceano líquido por insignificante. Especula-se ainda que seu interno sofra aquecimento geotérmico —o que elevaria as chances de existirem algumas formas de vida por ali.

“Ao lado de Ganimedes, outro satélite de Júpiter, Europa é um dos lugares mais promissores para procurarmos vida fora da Terreno”, comenta Gustavo Porto de Mello, do Observatório do Valongo (RJ) e um dos colaboradores do livro “Astrobiologia – Uma Ciência Emergente”, do Laboratório de Astrobiologia da USP.

A procura por vida em outros planetas da Via Láctea, no entanto, tem uma importante limitação. Porquê não há uma definição do que é vida em seus princípios fundamentais, a ciência a entende da seguinte forma: um sistema químico, autossustentado, que permanece no tempo e é capaz de se autorreproduzir em cópias fieis (porquê as bactérias fazem, por exemplo).

Ou seja, um organização que consiga se manter vivo, sem mudar sua estrutura e que se diferencie do envolvente.

Dentro desse padrão, buscamos vida em modelos que se mantenham com base na existência de carbono, chuva e virilidade. “Esse é o único tipo de vida que sabemos procurar, porque é o que conhecemos e sabemos porquê funciona”, comenta Mello.

Existem, no entanto, algumas hipóteses ainda bastante teóricas de outras possíveis formas de vida. Elas não seriam mais baseadas em chuva, mas em moléculas de silício e em líquidos muito frios, porquê hidrogênios e hidrocarbonetos.

Embora esteja muito distante do Sol, a lua possui uma imensidão de chuva líquida aquém da sua grossa classe de gelo. Acredita-se que exista ali mais chuva do que em toda a Terreno.

Aliás, seu aquecimento interno, causado por um núcleo rochoso geologicamente ativo, pode propiciar o surgimento de alguns tipos de vida — à maneira porquê são os organismos encontrados nas profundezas escuras dos nossos oceanos. “Europa tem chuva, química do carbono e manancial de vigor....

É um dos locais mais promissores que conhecemos hoje”, comenta Mello.

Prevista para ser lançada em 2024, a missão “Europa Clipper”, da Nasa, vai investigar a constituição e a estrutura do interno e da crosta de gelo à procura de evidências de vida.

Onde mais tem chuva no Sistema Solar?

Marte tem chuva líquida fluente. Mas o que os cientistas ainda não sabem é se, de vestimenta, existe qualquer organização vivo no planeta ou se Marte já foi habitada em qualquer momento por organismos vivos. O robô Perseverance, da Nasa, está em Marte pulverizando rochas em procura de vida.

Além de Marte e da lua Europa, cientistas também encontraram chuva em uma das luas de Saturno: Encélado. Menor e com menos chuva do que Europa, esse gelado satélite possui chuva líquida em seu interno e gêiseres de vapor de chuva e de pequenas partículas de gelo.

Essa atividade hidrotermal poderia injetar calor, força e moléculas complexas perto do oceano para suportar formas de vida. A nave Cassini, que encerrou sua missão em 2017, sobrevoou os gêiseres.

Titã, também um satélite oriundo de Saturno, também possui grandes reservatórios líquidos em sua superfície, mas, em vez de chuva, os oceanos, mares e lagos dessa lua são compostos de metano e etano líquidos. Esses hidrocarbonetos enchem incessantemente os reservatórios porque caem do firmamento em forma de chuvas.

Algumas interações químicas entre moléculas orgânicas complexas são comuns em Titã. Os cientistas especulam que uma forma de vida baseada em nitrogênio possa subsistir nessa lua.

“Talvez esse satélite seja o único lugar em que seria provável ter uma vida baseada em chuva e uma vida baseada em outras formas de líquidos”, comenta Mello.

Outra lua de Júpiter, também pode ter chuva. Evidências sugerem que Ganimedes, o maior satélite do Sistema Solar, tenha um oceano subterrâneo líquido, que estaria a quase 100 quilômetros aquém da superfície. Essa profundidade torna extremamente difícil (mas não impossível) explorar as águas de Ganimedes. A temperatura média de sua superfície é de -163°C.



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