Quando Surgeon Simulator foi lançado em 2013, o título estourou completamente na internet pelo seu caráter de aleatoriedade. Não à-toa, o Bossa Studios criou uma prolongamento. “Na verdade, a gente deveria ter lançado o 2, um ano depois ou dois anos”, contou Henrique Olifiers em entrevista exclusiva ao .
O time agora tem um duelo novo, que permeia o lançamento de qualquer prolongação: porquê fazer um jogo inédito que traga o mesmo frescor do primeiro, mas que também seja dissemelhante e inovador? É o balanço entre novidade e repetição da fórmula que o pôde testar no beta fechado inciado no último dia 7 de agosto.
O sigilo para dar um toque diferencial em Surgeon Simulator 2 foi aderir a mecânicas multiplayer. Para isso, os desenvolvedores também expandiram a visão da mesa de cirurgias para ambientes maiores e mais complexos, com corredores grandes e quebra-cabeças.
“O que a gente não queria era mais Surgeon Simulator”, lembra Olifiers. O beta fechado a que o teve entrada trazia um tutorial simples com cinco fases que podiam ser curtidas em até quatro pessoas. Só aí, a depender da sua velocidade, já dariam umas boas duas horas de teste.
Mas será que todo levante teor é jocoso?
A expansão do mundo
A primeira coisa que Surgeon Simulator 2 faz é ensinar ao jogador porquê enxergar leste universo. Os desenvolvedores queriam que a gameplay fosse o mais diegética provável, embora os gráficos e física não representem exatamente a veras.
A quem não conhece o termo, resumidamente, trata-se de colocar animações visuais para dar realismo às mecânicas. No caso de Surgeon Simulator 2, isso acontece com a retirada de informações da tela do usuário. Todos os indicadores estão em murais ou aparelhos pela período, os quais é preciso verificar incessantemente.
Essa proposta de entendimento do mundo é o primeiro duelo na transposição de teoria do universo de Surgeon Simulator para o Surgeon Simulator 2. Isso porque, no jogo original, com o espaço restringido, era mais fácil exigir do jogador a procura por dicas nos periferia, já que havia menos espaço para procurar.
Já em Surgeon 2, o jogador explora salas e mais salas, com diferentes ambientes e quebra-cabeças para furar as portas. Assim, há uma morosidade para pegar toda a simbologia do game e entender exatamente o que é preciso ser feito. A dica cá é: ligeiro a sério quaisquer sinais nas paredes, pois eles podem indicar alguma coisa importante.
O fruto chora e a mãe não vê
Para explicar um problema de jerarquia de informações de Surgeon Simulator 2, peço ao leitor a licença para uma excursão para Yoshi’s Island.
Quando a Nintendo fez o jogo para Super Nintendo, eles perceberam que, quando Mario era deixado para trás, o jogador não retornava para buscá-lo, pois havia muita coisa na tela para entretê-lo. A solução foi colocar um pranto absurdamente insuportável para gerar o sentimento de urgência em buscar o bebê Mario perdido.
Um pouco parecido acontece com Surgeon 2. Assim porquê no primeiro título, o paciente Bob precisa ser curado dos mais diversos problemas no corpo. Por exemplo: é preciso estropiar o braço recta do paciente e colocar outro no lugar. Em meio a isso, é evidente que Bob começa a sangrar até a morte.
O problema é que o jogo usa basicamente da mesma estética do predecessor (focado no paciente) para esta versão (com planta mais cândido). Nesse cenário, é muito provável que você esqueça Bob sangrando e perda a período sem simplesmente nem lembrar de tomar conta do paciente, já que o jogo não tem nenhuma memorandum da urgência disso.
O erro cá é usar o mesmo modo de pensamento de game design para uma proposta mais focada (porquê em no primeiro jogo) para uma gameplay que se propõe em planta mais acessível e com multiplayer.
O problema está em estimular o jogador a manter a cabeça na gameplay solo (usando as mesmas estéticas e mecânicas do 1) para um jogo que precisa ser jogado em conjunto.
Porquê o planta é espaçoso, a teoria é que uma pessoa fique com Bob estabilizando o paciente, sendo que outra ande pelo hospital resolvendo os quebra-cabeças para furar porta e pegar os órgãos necessários para remediar o paciente. A questão é que entender isso leva tempo e o jogo não o oferece suficiente para ensinar isso ao jogador.
Ou por outra, é preciso que você tenha um time entrosado, cada com uma função muito definida tal qual em uma mesa de cirurgia convencional. Ou seja, jogar com pessoas aleatórias pode valer uma bagunça tremenda.
E jogar sozinho?
Surgeon Simulator 2 foi feito para o cooperativo. Isso quer manifestar que você pode até jogar em modo solo, mas isso dificulta um pouco as coisas. O motivo é que não existem fases (ao menos no beta) para se jogar em exclusivamente uma pessoa. Dessa forma, se você entrar sozinho em uma...
tempo, vai perceber que precisa de uma mãozinha a mais cá e ali para conseguir fazer as coisas com desembaraço. Novamente, isso acontece porque o envolvente é muito maior.
Nesse cenário, jogar sozinho é quase que até pedante, já que tudo vai se tornar muito mais burocrático e menos recreativo do que deveria ser. Da mesma forma, se você não tem um time muito definido e precisar fazer tudo sozinho, pode ter o mesmo sentimento.
Com isso em mente, o Bossa Studios ainda precisa melhorar o sistema de geração de grupos. Isso porque essa é uma das poucas mecânicas que não estão inseridas no design imersivo e diegético porquê todas as outras funcionalidades. Para formar seu grupo é preciso pausar o jogo no lobby e convocar as pessoas por um menu, contrariando todo o resto da estética do game.
O resultado disso, nos testes do , foram uns bons 40 minutos de bateção de cabeça até encontrar o menu, ainda muito simples no beta, que permitia fabricar o lobby com os quatro jogadores.
É completamente anti-intuitivo pensar em perfurar um menu para formar um grupo em jogo que passa seus primeiros 20 minutos de tutorial falando que as mecânicas não estão em menus.
Outros colegas de prelo que também testaram o título tiveram dificuldade parecida em formar times e jogar em grupo exatamente pelo mesmo motivo. Porquê o menu ainda é bastante essencial no beta, pode ser que o Bossa Studios implemente uma melhoria neste sentido.
Controles
Nascente é um dos pontos mais controversos. O controle complicado e pouco preciso é um dos principais pontos de Surgeon Simulator. É exatamente essa dificuldade de controle que faz com que muitos jogadores tenham momentos engraçados com o game.
Não sem motivo, o mesmo sistema foi transposto para Surgeon Simulator 2. O jogador conta com somente um braço funcional, sendo provável movimentar a mão em 360º, com rotação e translado. Entretanto, controlar isso com mouse e teclado (não havia compatibilidade com controle no beta) era um duelo à secção.
Novamente, esta simples transposição da mecânica do primeiro para o segundo jogo não tem um efeito muito bom. Além de cuidar de Bob, o jogador também precisa pegar cartões, movimentar caixas e outros elementos para penetrar portas e acessar outros ambientes do hospital. A mesma mecânica que você usa para Bob nem sempre funciona para explorar outros ambientes, criando alavancas e botões esquisitos para caberem na gameplay.
Por exemplo, uma das portas é trancada com aproximação para somente quem tem um cartão privativo. O jogador, portanto, precisa buscar o item para conseguir passar pelo travanca. Acontece que um cartão fino, porquê um de crédito, seria muito difícil de ser pego pela mecânica pouco precisa de Surgeon Simulator. Assim, os desenvolvedores transformaram o cartão em um bizarro formato de caixa de cigarro tridimensional.
Não que isso seja exatamente um problema visual, mas mostra porquê a mecânica principal, a de controle da mão, não é precisa o suficiente para o que jogo propõe. Assim, espere momentos de dificuldade em conseguir itens bobos pelo cenário tentando movimentar o braço da forma correta. Por vezes, essa dificuldade é até engraçada, mas se torna frustrante quando isso resulta em perder o paciente.
Tem potencial?
É provável ver pelo beta que o Bossa Studios tem um carinho enorme por Surgeon Simulator e colocou bastante esforço nesta prolongação. Entretanto, o game ainda precisa de algumas boas aparadas em algumas arestas.
A decisão do estúdio de basicamente transpor para um envolvente crédulo e multiplayer mecânicas que haviam sido pensadas para uma gameplay fechada e single player tem consequências severas na diversão. A estrear pelo cenário diegético e imersivo.
O título passa 20 minutos ensinando o jogador porquê fazer uma série de coisas sozinho, porquê no primeiro jogo, para depois colocá-lo em um envolvente cândido e cooperativo sem dar exatamente dicas de porquê essas pessoas devem se comportar.
O movimento mais primitivo é de querer explorar o envolvente deixando de lado Bob ali na maca sangrando até a morte, sem perceber o problema iminente. Talvez valha ao jogo não deixar que o jogador saia do envolvente em uma primeira vez até que o paciente esteja estabilizado exatamente para explicar porquê as coisas acontecem em Surgeon Simulator 2.
O menu de lobby também precisa ser repensado, já que é simples demais e não conversa com a proposta imersiva do resto do game. Uma mecânica de mão mais precisa para quando se está andando pelo envolvente e explorando o planta também seria uma boa pedida.
Desenvolvido pelo Bossa Studios, Surgeon Simulator 2 está agendado para chegar aos PCs, via Epic Game Store, em 27 de agosto. Esta prévia foi realizada com uma transcrição
