Pesquisa brasileira: coronavírus pode infectar pelo ar em ambientes fechados
Desde o ano pretérito, autoridades de saúde alertavam para o risco do novo coronavírus (SARS-CoV-2) permanecer no ar e, dessa forma, contaminar pessoas saudáveis. Agora, uma equipe de pesquisadores brasileiros da Universidade Federalista de Minas Gerais (UFMG) comprovaram a presença do vírus da COVID-19 nas partículas do ar, o que acende alerta sobre os riscos de contágio em ambientes com pouca ventilação.
O estudo sobre a presença do coronavírus no ar, desenvolvido pelos pesquisadores do Meio de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da UFMG, foi publicado na revista científica Environmental Research. Segundo o pesquisador Ricardo Passos, “os principais resultados dessa lanço da pesquisa são importantes, porque apresentam evidências, baseadas em métodos científicos, da presença de coronavírus em aerossóis. Mais uma comprovação científica de que o coronavírus pode estar no ar”.
Porquê o coronavírus fica no ar?
Vale explicar que os aerossóis são partículas microscópicas e invisíveis. Com o grave peso e tamanho, eles tendem a permanecer suspensos no ar. Para calcular se o coronavírus se enquadraria nessa perspectiva, os pesquisadores analisaram dois hospitais de Belo Horizonte, em dois momentos diferentes, entre 25 de maio e 4 de junho em um hospital e entre 9 de junho e 17 de julho no outro. Ou por outra, foram avaliados ambientes externos, porquê pontos de ônibus, estacionamentos e calçadas.
A escolha da realização da pesquisa em hospitais não se deu ao casualidade. “Para justificar a presença desse vírus no ar, a gente usou ambientes hospitalares porquê padrão, porquê envolvente controlado, em que a gente que havia a presença de pacientes contaminados, ou seja, uma nascente de aerossóis contaminados e também que haveria o controle rigoroso quanto ao uso de EPIs pela equipe do hospital”, comenta Passos.
Depois selecionar os ambientes que seriam analisados, os pesquisadores utilizaram equipamentos específicos para sugar o ar e fazê-lo passar em membranas filtrantes. Com a coleta das amostras, o estudo foi capaz de verificar a presença do coronavírus em algumas das amostras coletadas. De convenção com Passos, em uma das salas onde o vírus da COVID-19 foi encontrado havia ventilação procedente, mas pouca circulação do ar. Por outro lado, não identificaram o coronavírus em nenhuma exemplar coletada em ambientes externos.
O risco dos ambientes fechados
Em seguida a comprovação de ambientes fechados trazem mais riscos para contaminação pelo coronavírus, o pesquisador pensa que deveriam ser pensadas estratégias mais efetivas para evitar a transmissão da COVID-19 através da rota aérea. Enfim, o coronavírus pode se espalhar pelo ar, quando uma pessoa está respirando ou falando, por exemplo.
“Esses aerossóis que são gerados podem se amontoar nesses ambientes e vir a constituir uma manadeira muito significativa de contaminação”, afirma Passos. “Não é tarde para pensar em medidas mais efetivas. (…) Se tiver que concentrar investimento, pensar em situação de mais risco, teria que pensar em priorizar a circulação do ar”, completa o pesquisador sobre formas de combate ao coronavírus.
Para acessar o cláusula completo, publicado na revista científica Environmental Research, clique cá.
Manancial: G1
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