O planeta Terreno existe até hoje por sorte? Padrão científico diz que sim – 21/01/2021
Demorou três ou quatro bilhões de anos para o Homo sapiens nascer na Terreno. Se, neste tempo, tivesse havido uma única catástrofe climática, nós não estaríamos cá agora. Há bilhões de anos, nosso planeta permanece fixo e com condições para nossa vida. Mas quão sortudos somos?
Toby Tyrrell, professor de ciência sistêmica da Terreno, na Universidade de Southampton (Inglaterra), explorou a questão por meio de modelagem computacional. Usando um programa, ele criou 100 milénio planetas fictícios e simulou a evolução do clima em cada um deles. O estudo completo foi publicado na revista Nature.
Alguns processos podem aligeirar ou diminuir mudanças climáticas, incluindo o efeito estufa e o derretimento de calotas polares. Gelo reflete a luz solar, enquanto chuva a absorve, causando ainda mais aquecimento e derretimento. É o que temos vivido por cá.
Para investigar as chances de diferentes planetas continuarem habitáveis através das enormes escalas geológicas de tempo, o professor realizou 100 simulações em cada um deles. A cada vez, o lugar iniciava com uma temperatura dissemelhante, e era exposto a aleatórios eventos alteradores de clima, porquê erupções de vulcões e impactos de asteroides.
O planeta era monitorado até permanecer quente demais, indiferente demais ou conseguir sobreviver por 3 bilhões de anos —tempo em que seria provável o surgimento de vida inteligente.
O resultado? Somente um dos 100 milénio planetas digitais conseguiu responder tão muito aos acontecimentos e eventos climáticos que permaneceu habitável em todas as 100 simulações.
A maioria dos outros planetas que sobreviveu a alguma das simulações conseguiu fazer isso em menos de dez de todos os seus cenários. E, em quase todas as ocasiões que um lugar ficou habitável por pelo menos 3 bilhões de anos, foi por pura e simples sorte.
Se um asteroide que atingiu a Terreno tivesse sido maior, ou se explosões solares tivessem sido mais fortes, nós provavelmente não estaríamos cá na Terreno.
Mas sorte não é suficiente. Planetas que foram mormente programados para não dar nenhuma resposta aos acontecimentos nunca ficaram habitáveis. Ou seja: é muita sorte, mas também precisa de habilidade —e a Terreno tem esses mecanismos reguladores.
O misterioso “termostato” da Terreno
Cálculos dizem que, em alguns milhões de anos, nosso clima terá se deteriorado tanto que a Terreno pode virar uma esfera de gelo ou de queima —há controvérsias sobre nosso rumo apocalíptico.
Também sabemos que o Sol está 30% mais luzidio desde o surgimento da vida. Na teoria, isso significa ou que toda chuva do planeta estaria congelada há 3 bilhões de anos (o que não é verdade), ou que nossos oceanos teriam evaporado até agora (o que também não procede). Leste é o “paradoxo do jovem Sol fraco”, levantado por Carl Sagan e Mullen George na dez de 1970.
Cientistas desenvolveram duas principais teorias para responder a esse mistério. A primeira é que a Terreno tem qualquer tipo de termostato: um ou mais mecanismos de resposta —ainda não desvendados— que evitam que o clima se desvie a temperaturas fatais.
A segunda é que, entre tantos planetas, alguns simplesmente dão sorte. Essa hipótese tem se tornado mais plausível com as descobertas e a exploração espacial das últimas décadas. Observações astronômicas de estrelas distantes e de exoplanetas (fora do Sistema Solar) nos mostram que há outros locais no universo com terrenos e temperaturas adequadas para a vida.
De conciliação com estudos recentes, pode possuir pelo menos 300 milhões de planetas porquê a Terreno, potencialmente habitáveis, somente na Via Láctea. Mas são tão distantes, que nunca conseguiremos chegar lá para desenredar se também foram sortudos.