Inclusão, Alibaba, depravação: o que a moeda virtual vai mudar na China?

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Pagamento por celular: duopólio privado desafiado pela criptomoeda soberana (Nagarjun Kandukuru/ Flickr)

Em seguida dois meses de testes em cidades médias e grandes do Sul do país, a China anunciou que ampliará o uso de sua criptomoeda soberana, o renminbi do dedo, para as principais áreas de negócios do país. Pessoas, empresas e órgãos públicos na capital Pequim e da vizinha Tianjin, todas as cidades no entorno de Xangai e Hangzhou, além do que os chineses chamam de “Greater Bay Area” (que inclui Hong Kong, Macau, Guangzhou e Shenzhen) poderão realizar transações com o “criptorenminbi”.

O pregão é relevante por colocar a China, uma sociedade que praticamente aboliu o quantia de papel, substituindo-o por mobile payment, porquê a primeira grande economia a transacionar numerário, de modo largo, via criptomoedas.

Segundo expedido do Banco do Povo, o equivalente lugar ao Banco Meão, um dos objetivos é incluir a população não bancarizada do Oeste chinês no sistema financeiro, além de reduzir custos com emissão de papel moeda e, evidente, controlar a influência de empresas privadas no país, porquê o Alibaba e o Tencent, o duopólio que controla os pagamentos digitais na China, via serviços porquê Alipay e WeChat Pay.

Analisando os efeitos domésticos, o renminbi do dedo tem potencial para aumentar a inclusão financeira de 225 milhões de chineses que, segundo o Banco Mundial, não têm aproximação a serviços financeiros. Isto deve ocorrer pois a criptomoeda vai funcionar sem premência de vinculação com alguma conta bancária, o que não ocorre hoje com as wallets digitais de Alibaba e Tencent.

Ou seja, para comprar ou remunerar qualquer resultado com o renminbi do dedo, basta ter um celular capaz de ler um QR code. Não é necessário, sequer, ter aproximação à internet, uma vez que valores podem ser trocados via NFC, o protocolo de informação por “proximidade” dos aparelhos.

Ao contrário do que ocorre com outras criptomoedas, porquê o BitCoin, por exemplo, o renminbi em blockchain tem seu valor de troca guardado pelo Banco do Povo,...

que controlará sua emissão.

A ampliação de uso da moeda virtual também deve incentivar a concorrência doméstica. Em tese, bancos e fintechs se sentiriam mais incentivados a desenvolver novas plataformas de pagamento baseadas no criptorenminbi, o que, na prática, diminui a influência do duopólio Alibaba-Tencent nos serviços financeiros digitais chineses, um evidente objetivo do governo chinês.

No médio prazo, as autoridades locais esperam ainda aumentar a supervisão do sistema financeiro e monetário. A expectativa de Pequim é que o seu programa de moeda virtual ajude a identificar com mais precisão a origem de recursos e combater a lavagem de numerário.  Não há informações detalhadas sobre porquê o governo controlará a troca de moedas eletrônicas, mas, tecnicamente, sabe-se que é provável no código de uma criptomoeda registrar seu histórico de transações. Não à toa, os primeiros chineses a receber salários pagos na moeda do dedo, que pode ser sacada em moeda de papel se o usuário quiser, são altos funcionários públicos. O método visa inibir casos de depravação.

O uso de criptomoedas, previsto para se tornar o padrão de trocas monetárias na China até o término de 2022, de concordância com cronograma do Banco do Povo, tem múltiplas vantagens. Uma delas, por exemplo, é permitir que pessoas pobres e sem conta em bancos possam simplesmente fabricar um cadastro via app para ter uma carteira virtual. Isto permitiria, por exemplo, acessar facilmente pessoas em situação de pobreza e executar programas de transferência de renda. Uma das metas definidas pelo governo lugar é rematar com a pobreza no país. Atualmente, murado de 7 milhões de chineses ainda são considerados “muito pobres”, de consonância com critérios das Nações Unidas.

O uso de blockchain nas transações financeiras é somente uma das múltiplas aplicações desta tecnologia no país. A cidade de Pequim, Província Federalista na China, por exemplo, deseja implementar a tecnologia para validar o pagamento de impostos, emissão de documentos públicos e otimizar a gestão de escolas e hospitais, em um espaçoso projeto de gestão chamado de “blockchain-based governament”.

Para muitos analistas, uma criptomoeda soberana chinesa poderá servir, no horizonte, de meio de pagamento para o negócio internacional, já que a China é a maior exportadora mundial e a segunda maior importadora do mundo. Na prática, isto teria o efeito de diminuir a força do dólar americano porquê “padrão” para o negócio global, em mais uma ação que confronta os interesses geopolíticos de Washington.



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