Ideias para mourejar com a (i)mobilidade urbana
A mobilidade é o calcanhar de Aquiles dos grandes centros urbanos. Em São Paulo, por exemplo, se a pessoa precisa transitar por vias arteriais no auge dos engarrafamentos no início da manhã e no final da tarde, sua média de velocidade vai oscilar entre 15 e 23 km/h, segundo a Secretaria Municipal de Transporte. Nas vias rápidas, a média de velocidade é de 42km/h pela manhã e 22km/h no final da tarde. Os dados foram divulgados em agosto deste ano.
Costumamos acusar governos de não investir em transporte público e ciclovias, mas cultivamos o libido de comprar um belo carruagem. É uma questão também cultural, sinônimo de “melhorar de vida” no Brasil. Mas as pesquisas – entre elas a do Ibope/Nossa São Paulo realizada em agosto deste ano — apontam que as pessoas estariam dispostas a deixar o coche em moradia se houvesse um transporte coletivo de qualidade, com mais linhas de ônibus e metrô, maior frequência e maior conforto.
Um ponto positivo é que o tema mobilidade urbana vem se tornando mais e mais generalidade em diferentes ambientes de discussão – de gabinetes de prefeitos a redes sociais, de ONGs a fóruns mundiais. Com isso, vai-se criando um envolvente propício para que se pense efetivamente em soluções para o problema.
Algumas ideias – e a tecnologia e as novas mídias colaboram com uma troço delas — podem sossegar o stress com o trânsito. Você pode dar sua parcela de taxa para reduzir o número de carros nas ruas, ou pelo menos tentar aproveitar melhor esse tempo perdido nos deslocamentos.
Teoria #1 : Aplicativos e sites bacanas
Está em incerteza sobre qual é o melhor caminho? Pelo site Maplink, é provável traçar rotas (inclusive rodoviárias) e verificar as condições de trânsito ao vivo, ajudando a desviar dos congestionamentos.
Para quem mora em São Paulo – que tem o trânsito mais complicado do país – os recursos são maiores, com vários aplicativos para iOS, Android e BlackBerry para ajudar os habitantes. OBusãoSP, por exemplo, ajuda o usuário a encontrar os pontos de ônibus da cidade. Um vegetal na tela indica os pontos mais próximos, que ônibus passam ali e o trajecto de cada risco.
Pelas contas de Twitter @DiariodaCPTM e @UsuariosMetroSP, é provável escoltar em tempo real informações sobre atrasos e problemas em trens e metrôs de São Paulo, mesma função do aplicativo Komuta, que traz informações sobre outras cidades também, fornecidas pelos próprios usuários. Esse sistema, fundamentado na colaboração, é também o propulsor do Waze, em que os próprios usuários compartilham informações sobre engarrafamentos, acidentes, blitze e até o preço da gasolina nos os mais próximos.
Com uma proposta muito ecológica, o blog Eu Vou de Bike — um meio para discutir o uso da bicicleta além do lazer de final de semana — oferece uma calculadora para você desenredar quantas calorias queima e o volume de poluentes que deixa de enunciar ao adotar a bicicleta porquê meio de transporte em determinados trajetos.
Teoria parecida é a do recém-lançado aplicativo para Facebook “Sortudo ou sofredor no trânsito?”, desenvolvido pela ONG CoLabora. A intenção é que as pessoas calculem quanto tempo gastam no trânsito todos os dias. O usuário fornece o CEP de sua empresa e o de sua residência, e o aplicativo considera uma velocidade média de 20km/h para calcular o tempo gasto no trajeto, que não varia de conformidade com o meio de transporte.
A teoria que serve de inspiração, segundo seus criadores, é “viabilizar ações de redução do trânsito nas grandes cidades”. O aplicativo ainda está em teste, e talvez por isso peque em alguns pontos, entre eles ignorar o horário em que a pessoa precisa se mudar (o que afetaria o tempo e o combustível gasto) e não possibilitar reunir em uma só planilha todos os dados a reverência de funcionários de uma mesma empresa, o que permitiria aos gestores elaborar planos de trabalho alternativos com base em estatísticas. Mas, segundo os organizadores, tudo isso será rebuscado em um horizonte próximo.
Porém, se você estabelecer se organizar com outras pessoas de sua empresa ou com vizinhos, o site Caronetas integra pessoas que cumprem trajetos similares e estão a término de dividir os custos e reduzir o número de carros nas ruas. Outro na risco da colaboração é o site Bikeit, talhado a estimular a boa relação entre o ciclista e a cidade de São Paulo. Os usuários compartilham dicas de estabelecimentos comerciais que são simpáticos a ciclistas no espaço urbano.
#2 : Em procura do tempo perdido
Já que você está recluso no tráfico, aproveite para fazer alguma coisa de útil, porquê ler um bom livro. Ah, você está dirigindo ou não consegue ler dentro de um veículo em movimento? Aproveite para ouvir. De audiobooks a podcasts com os mais variados temas, é uma boa maneira de se manter informado e ainda se distrair. O Podomatic é um dos sites em que você pode fazer download gratuito de vários podcasts.
Outra teoria é ter aulas de inglês. Professores particulares estão oferecendo aulas de conversação para esse período “recluso” no trânsito. O professor te acompanha no deslocamento morada-trabalho ou vice-versa. Combine com o seu ou procure um que ofereça esse tipo de serviço específico.
#3 : Vá de bike
Pelo menos duas vezes por semana, deixe o carruagem em lar e pegue a bicicleta para ir trabalhar. Você faz tirocínio e ajuda a reduzir o número de carros nas ruas. Veja a reflexão da jornalista e cicloativista Lívia Araújo, de Porto Feliz, que ajudou a organizar a última edição do Fórum Mundial da Bicicleta no Brasil: “Eu moro a exclusivamente 1,5km do meu trabalho, e posso ir a pé ou de bicicleta. Se fosse de carruagem, levaria o mesmo tempo. Para mim não faz diferença, mas o veste de eu colocar um carruagem a mais na rua, mesmo para um trajeto restringido, pode ter enorme impacto para outras pessoas que precisam fazer trajetos mais longos.”
Todos esses recursos tecnológicos e ideias fáceis de colocar em prática podem ajudar a reduzir o stress e a poluição. Isso também pode motivar as pessoas a se mobilizar, por exemplo, para propor às empresas em que atuam a adoção de diferentes modalidades de trabalho, visando à produtividade e à qualidade de vida. Entre elas, horário maleável (para contornar os picos de tráfico), semana comprimida (trabalhar mais horas por dia, e menos dias por semana, quando o contrato de trabalho permite), trabalho a pausa (inclusive home office), open space (compartilhamento de posições de trabalho, nas empresas) e carona solidária entre funcionários da própria empresa.
Pense em porquê você pode fazer a sua troço. Porque, porquê diz Alexandre Borin, um dos idealizadores do CoLabora, “no fundo, no fundo, se há trânsito e congestionamentos, todos somos sofredores, não é mesmo?”.
[por Mariela Castro]
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Com informações de (Manancial):Mídias Sociais