Golpe do WhatsApp clona Luis Nassif e tira quantia de jornalistas

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Golpe do WhatsApp clona Luis Nassif e tira quantia de jornalistas 1


A clonagem de conta do WhatsApp para convencer os contatos da vítima a emprestar ou doar numerário, passando-se pela pessoa clonada, é um dos golpes favoritos dos cibercriminosos brasileiros. O jornalista Luis Nassif teve sua conta invadida e pelo menos dois colegas seus caíram na fraude do repositório: Fernando Morais, jornalista e responsável do livro “Chatô”, e Bárbara Gancia, ex-apresentadora do programa de debates “Saia Justa”.

A Tilt, Morais disse que os bandidos conseguiram embolsar R$ 1.400 dele ao se passar por Nassif e ainda “ajudou” o golpista por ilusão, perguntando o CPF para efetivar a transação. Esse tipo de golpe atingiu mais de 5 milhões de brasileiros só no ano pretérito. segundo a Psafe.

“Veio um bilhete no WhatsApp do Nassif me dizendo ‘pode me dar uma mãozinha?’. Eu falei ‘diga lá’, e ele falou ‘será que você pode depositar R$ 1.400 na conta de fulana de tal até o final da tarde que eu te reponho no sumo amanhã cedo, é para um acerto contábil'”, conta Morais.

Ele disse ainda que o golpista esqueceu de informar o CPF para receber o numerário. “Eu falei [para o criminoso] ‘porquê é mais de R$ 1.000, sem CPF não vão admitir’. A pessoa falou ‘um momento’ e me mandou. Aí eu depositei”, conta.

O escritor Fernando Morais - Karime Xavier/Folhapress - Karime Xavier/Folhapress

O noticiarista Fernando Morais

Imagem: Karime Xavier/Folhapress

Fernando Morais disse ter descoberta estranho o pedido, mas que por nenhum momento desconfiou se tratar de um golpe. Ele só percebeu quando um jornalista da ABI (Associação Brasileira de Prelo) mandou uma mensagem coletiva avisando sobre a fraude.

Tilt tentou contato com Bárbara Gancia e Luis Nassif, mas não obteve sucesso. Nassif usou as redes sociais para informar sobre a clonagem.

Atenção, minha conta WhatsApp foi clonada. Desvelo com ligações

Publicado por Luis Nassif em Quinta-feira, 25 de março de 2021

Golpe cada vez mais generalidade

Esse tipo de golpe não é novidade: em resumo, consta em obter o telefone da vítima, e em uma relação telefônica convence-a, com alguma história falsa, a informar a senha numérica de seis dígitos que...

o WhatsApp envia por mensagem SMS, durante o processo de autenticação de usuário.

Em seguida o sequestro de conta, o bandido recupera o backup de conversas do WhatsApp na nuvem e fala com amigos da vítima, se passando por ela e com alguma conversa para pedir a eles empréstimo ou doação de quantia, que vai parar na conta do golpista. Alguns deles chegam a lucrar R$ 6.000 por dia só praticando fraudes desse tipo.

Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab, conta que geralmente as “iscas” usadas para clonar são essas:

É a mais generalidade. Os bandidos acompanham quem anuncia nesses sites e entram em contato pelo telefone informado, passando-se por um funcionário do site dizendo que a venda foi feita. Depois dizem que precisam checar a segurança e precisam mandar um SMS de seis dígitos. Esse código, no entanto, é o cadastro do WhatsApp em outro celular.

  • Estabelecimentos comerciais

Os bandidos monitoram as redes sociais, veem que a pessoa publicou alguma coisa marcando um hotel ou restaurante e usam um perfil falso daquele estabelecimento para entrar em contato por telefone, dizendo que a pessoa ganhou um brinde ou sorteio. Na base do convencimento, eles obtêm o código de aproximação ao WhatsApp da vítima para sequestrar sua conta.

Golpistas já têm se pretérito por autoridades sanitárias usando a vacina da covid-19 porquê contexto para empregar a fraude.

Simoni aponta quatro formas de evitar ter o WhatsApp clonado:

  1. Nunca envie códigos de verificação para ninguém;
  2. Tenha aplicativos que alertem sobre tentativas de clonagem;
  3. Não passe nenhum oferecido, desligue e retorne o contato usando um meio solene;
  4. Não transfira moeda sem falar antes por telefone com a pessoa que o está pedindo.

Quem transfere moeda consegue reembolso?

Ao perceber o golpe, o jornalista mandou para a polícia e o seu banco o CPF dos criminosos usado na transação e outros documentos, além de fazer um boletim de ocorrência (BO) na delegacia.

De tratado com Simoni, o CPF oferecido pelo fraudador a Morais pode ser uma pista sobre quem está por trás da fraude. Geralmente o golpista usar contas de laranjas, mas há alguns casos em que eles usaram o CPF e a própria conta pessoal. Cabe à vítima fazer um BO informando os detalhes.

Em nota a Tilt, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), entidade que representa os bancos, informou que a orientação é fazer o BO o quanto antes e entrar em contato com o banco para informar o ocorrido.

“Cada instituição financeira tem sua própria política de estudo e ressarcimento, que é baseada em análises aprofundadas e individuais, considerando as evidências apresentadas pelos clientes e informações das transações realizadas”, informou a entidade.





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