Especialistas criticam projetos de geoengenharia solar contra mudança climática – 17/01/2022


Paris, 17 Jan 2022 (AFP) – Murado de 60 cientistas pediram nesta segunda-feira (17) que não se utilize a geoengenharia solar para resfriar a superfície da Terreno, um método de combate à mudança climática, mas que esses especialistas consideram excessivamente imprevisível.

A geoengenharia solar ou climática implica a manipulação em grande graduação da atmosfera para provocar mudanças que ajudem a frear o aquecimento do planeta. Especificamente, usa-se a dissipação de trilhões de partículas de súlfur na classe mais externa da atmosfera, para aumentar a refração dos raios solares.

Os efeitos colaterais poderiam superar os benefícios, segundo leste documento publicado na revista WIREs Climate Change.

“A implantação da geoengenharia solar não pode ser administrada mundialmente de forma justa, inclusiva e eficiente. Pedimos, portanto, aos governos, à ONU e a outros atores que adotem medidas políticas imediatas para impedir a normalização da geoengenharia solar porquê opção contra o aquecimento do planeta”, explicam os especialistas.

A temperatura do planeta já aumentou aproximadamente 1,1 °C desde a era pré-industrial, o que provocou um aumento dos fenômenos climáticos extremos, sejam as grandes secas, inundações ou tempestades, segundo os cientistas.

A comunidade internacional ratificou seu compromisso de limitar o aumento da temperatura média para menos de +2 ºC, preferencialmente a +1,5 ºC, embora os especialistas da ONU estimem que esse limite de +1,5 °C possa ser superado em 2030.

A história dos fenômenos naturais, porquê as erupções vulcânicas, mostraram que os gases que chegam à secção superior da atmosfera resfriam a temperatura média do planeta. Foi isso o que aconteceu com a grande erupção do vulcão Pinatubo nas Filipinas em 1991.

No entanto, uma modificação da atmosfera feita propositalmente poderia desestabilizar o sistema de monções no sul da Ásia e no oeste da África, afetando grandes extensões de cultivos, e ocasionar inópia, de combinação com estudos já publicados.

Por outro lado, essa tecnologia não impediria a concentração de CO2 na atmosfera causada pela atividade humana.

Os signatários desta epístola pública, entre eles Aarti Gupta da universidade holandesa de Wageningen, e o presidente da Escritório do Meio Envolvente alemã, Dirk Messner, consideram que essa tecnologia poderia “dissuadir os governos, as empresas e as sociedades de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para atingir a neutralidade do carbono”, ou seja, o estabilidade entre as emissões e a retenção de gases de efeito estufa.

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