Em qualquer lugar do pretérito

Os jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) um dos gêneros de games mais populares da atualidade, chegaram a uma encruzilhada: prosseguir para o horizonte ou voltar para o pretérito? As duas possibilidades surgiram na última semana, quando a Activision e a EA jogaram na mesa as suas primeiras cartas para o direcção que Call of Duty e Battlefield – as mais populares e rivais séries do gênero – tomarão neste 2016. Enquanto a Activision resolveu apostar num horizonte não muito distante com Call of Duty: Infinite Warfare, a EA decidiu retroceder praticamente um século para a inspiração de Battlefield 1, que sucederá… (não fique confuso, por obséquio!) Battlefield 4, de 2013.

Há mais em jogo do que exclusivamente uma pura opção estética: nos Estados Unidos, Call of Duty é a dona do jogo mais vendido do ano há pelo menos duas temporadas, com os futuristas Advanced Warfare (2014) e Black Ops III (2015). Em 2013, Call of Duty: Ghosts ficou com o vice-campeonato, mas faturou US$ 1 bilhão em vendas em exclusivamente três dias. No último balanço da Activision, o jogo foi assinalado porquê o principal motivo para as receitas da empresa subirem para US$ 1,38 bilhões no período entre janeiro e março de 2016, ficando supra das expectativas.

Battlefield, por sua vez, já vendeu mais de 45 milhões de cópias no mundo todo com suas diversas iterações, sendo uma das principais franquias da EA que não estão relacionadas ao mundo dos esportes – isso para não falar em Star Wars: Battlefront, quarto game mais vendido de 2015, que uniu a jogabilidade da série de tiro aos sabres de luz de Luke Skywalker.

As duas séries, vale lembrar, tiveram um início em generalidade: lançado em 2002, Battlefield 1942 era inspirado nos conflitos da Segunda Guerra Mundial. Ao longo de mais de uma dez, a franquia evoluiu pela história dos conflitos armados, passando por embates porquê a Guerra do Vietnã, até chegar em Battlefield 4, situado no horizonte próximo de 2020. Em seguida uma breve pausa episódica para prestar tributo às séries de TV policiais dos anos 1980 com Battlefield: Hardline, a Electronics Arts apostou suas fichas em um conflito que costuma permanecer em segundo projecto nos jogos de tiro e até mesmo no mundo dos games – o melhor retrato da Primeira Guerra nos games hoje pertence a Valiant Hearts, um belo jogo de façanha feito pela Ubisoft em 2014.

Surgido um ano depois, em 2003, Call of Duty também partiu da guerra que opôs os Aliados e o Eixo, e atraiu aficionados de todas as partes do mundo por mostrar com interessante intensidade de realismo momentos porquê a Guerra Fria e as recentes reações ao terrorismo. Nos últimos três episódios, a franquia, no entanto, ganhou contornos futuristas, dando a seus soldados ferramentas porquê armas ‘que não existem’, exoesqueletos e equipamentos dignos de super-homens. Ao mesmo tempo em que as vendas continuavam a subir, não faltou quem apontasse que a marcha ao horizonte poderia ter problemas, esbarrando, por exemplo, em outro popular gênero dos games: o da ficção científica.

Com exclusivamente um trailer revelado por cada lado, talvez seja muito cedo para expor quem pode vencer a guerra. Na primeira guerra, em uma disputa que cada centímetro de trincheira pode fazer diferença, Battlefield 1 parece ter tido uma vantagem considerável, trazendo promessas de emoção e inovação ao introduzir aviões rudimentares, cavalos e navios de guerra no meio dos conflitos. Parece até que alguém na EA ouviu Paulinho da Viola e aprendeu a prelecção de “quando penso no horizonte, não esqueço meu pretérito”.

Já a reação popular a Infinite Warfare, no entanto, mostra que a aposta da Activision no horizonte pode ter lá chegado ao seu limite: o primeiro trailer do jogo, divulgado na última segunda-feira, bateu recordes da utilização do botão “não palato” no YouTube, com 1,3 milhões de desaprovações para murado de 14 milhões de visualizações. Nos comentários, jogadores reclamaram da ambientação, que deixou o game parecido com Halo (uma série muito-sucedida em misturar sci-fi com tiro, mas um mica distante do que o fã médio de Call of Duty) esperaria.

Ainda há muita chuva para rolar debaixo da ponte até outubro, quando Battlefield 1 será lançado para PC, Xbox One e PS4 – Infinite Warfare chegará um mês depois às lojas. Há uma E3 e uma Gamescom no meio do caminho, e diversos eventos em que os dois jogos poderão ser testados por fãs e especialistas, podendo fazendo ajustes até chegar no melhor balanço provável. Mas, em seguida esse primeiro teste de incêndio, é provável aventurar que Battlefield 1 leva para lar os primeiros espólios de guerra.

Com informações de (Nascente):Que Mario?