Dos vampiros à Lucidez Sintético
Vampiros têm sido usados (talvez à exaustão) em obras de ficção porquê livros, filmes e seriados. Foi esse universo que catapultou a atriz Kristen Stewart (no papel de Bella, protagonista da saga jovem Lusco-fusco) para as telas de todo o mundo aos 18 anos de idade, em seguida diversos outros trabalhos muito-sucedidos, mas menos explosivos, porquê atriz. Mas porquê dar ininterrupção a uma curso depois tamanha projeção com tão pouca idade? Através da Lucidez Sintético, é evidente.
A atriz, hoje com 26 anos, acaba de lançar o curta-metragem “Come Swim” na edição de 2017 do Festival Sundance de Cinema, evento focado em produções independentes. O que nos interessa cá é que, juntamente com a estreia em 19 de janeiro, a atriz e outros produtores do filme publicaram um cláusula científico descrevendo o uso que fizeram de técnicas computacionais para gerar as imagens “surreais” do filme.
A técnica em si — trasferência de estilo de imagens usando redes neurais de convolução — não é invenção da equipe: ela foi descrita pela primeira vez em 2015, e já há diversas implementações diferentes disponíveis. O trabalho de Stewart e seus colegas tem menos impacto científico, limitando-se a descrever porquê a técnica foi usada e ajustada manualmente para atingir o objetivo esperado no contexto do filme.
Não é difícil perceber que a publicação serve também porquê divulgação tanto do filme quanto da figura da atriz. O paisagem interessante é observar o que houve com a técnica em si: o que teria ocorrido se os autores do trabalho original tivessem patenteado sua teoria? As várias implementações da técnica não existiriam; em qualquer momento, alguma empresa de porte lançaria um resultado (pago e custoso) específico para fazer esse tipo de processamento; com o tempo, a popularização dessa instrumento levaria a uma enorme quantidade de filmes, curta-metragens e comerciais fazendo uso do mecanismo, até tornar o efeito um pouco trivial — porquê aconteceu com o efeito de transformações de rostos que foi visto em larga graduação pela primeira vez no videoclip da música “Black or White”, de Michael Jackson. As nuances que Stewart e sua equipe buscaram nunca teriam sido encontradas.
Ao invés disso, o ingressão livre às ideias daquele trabalho abriu espaço para variações, novas implementações e experimentos porquê os do filme “Come Swim”. Tudo isso, por sua vez, se fez provável porque diversas ferramentas necessárias para esse tipo de processamento, porquê TensorFlow ou Torch, existem sob a forma de software livre.
Quem diria, a originalidade também passa pela comunidade!
* Nelson Lago é gerente técnico do CCSL-IME/USP
Com informações de (Nascente):Código Aberto