Covid-19: Escolas sem chuva e saneamento fundamental Províncias chuva e saneamento essencial para o reinício das aulas do ano lectivo 2020/2021, disse, quinta-feira, o secretário provincial da Ensino, Ciência e Tecnologia. O secretário provincial da Ensino, Ciência e Tecnologia, Manuel Raúl Mazissa, explicou que, das 346 escolas existentes, entre públicas e privadas, exclusivamente 68 possuem chuva canalizada. Retrato: Edições Novembro
Manuel Raúl Mazissa, que falava durante um encontro promovido pelo Governo da Província para explorar as condições disponíveis para retomada ou não das aulas, a partir do dia 13 de Julho, explicou que, das 346 escolas existentes, entre públicas e privadas, exclusivamente 68 possuem chuva canalizada, das quais 46 no município sede (Cabinda), 13 em Cacongo, oito no Belize e uma em Buco-Zau.
O secretário provincial da Ensino, Ciência e Tecnologia alertou que a falta de chuva canalizada nos estabelecimentos de ensino pode facilitar o contágio da pandemia da Covid-19. Acrescentou que, sem a chuva fluente, os alunos não poderão lavar as mãos com a frequência desejada, tendo sugerido, porquê opção, o fornecimento através de motos-cisterna.
Manuel Raúl Mazissa referiu também que o saneamento essencial das escolas não é dos melhores, numa profundeza em que murado de 200 escolas da província não possuem quartos de banhos ou latrinas em condições aceitáveis. Essa situação, reforçou, “complica ainda mais as condições de limpeza dos alunos”.
Para a retoma das aulas, já no dia 13 de Julho, o secretário provincial da Ensino, Ciência e Tecnologia
defendeu que deve ser disponibilizado murado de cinco milhões de máscaras, grandes quantidades de sabão e detergente, pulverizadores para desinfecção das salas de lição, medidores de temperatura corporal, quartos de banhos em condições e a realização de acções de formação para os professores em material de prevenção da Covid-19.
O vice-governador para o Sector Político e Social, Miguel Oliveira, que orientou a reunião, explicou que a retomada das aulas vai depender, em grande secção, da situação epidemiológica que o país apresentar nos próximos dias. O representante do Sindicato Pátrio dos Professores (SINPROF), Francisco Censse, é contra o reinício das aulas no próximo dia 13 de Julho, tendo em conta o aumento de casos positivos da Covid-19 no país. Para o sindicalista, o ano lectivo deve ser retomado exclusivamente em Setembro, para permitir o controlo do período de pico da pandemia.
Já o jurista António Guia defendeu o reinício das aulas no próximo mês, porque, na sua opinião, a Covid-19 não tem data para concluir e o horizonte das crianças não pode depender da pandemia. “Vamos ter de conviver com a Covid-19, tal porquê com o VIH/sida, Tuberculose, insuficiência renal, entre outras doenças”, justificou.