Porquê será o wifi do horizonte? – 05/07/2022

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Porquê será o wifi do horizonte? - 05/07/2022 1


Há 25 anos no mercado, tecnologia teve impacto profundo na forma porquê pessoas se conectam. Demanda deve continuar a crescer, enquanto engenheiros trabalham em constantes melhorias e nos possíveis substitutos.

“Com licença, você pode me dar a senha do wifi?” Se você nunca fez ou se nunca lhe fizeram essa pergunta, é porque você vive literalmente desconectado.

O Wi-Fi, WiFi ou simplesmente wifi surgiu no mercado em 1997. É um sistema de conexão sem fio, dentro de uma determinada dimensão, entre dispositivos eletrônicos, para acessar a internet.

O wifi é fundamentado no IEEE 802.11, um grupo de protocolos sem fio criado pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos, uma associação mundial dedicada à padronização e desenvolvimento em áreas técnicas.

Ao longo de 25 anos, o wifi teve um impacto profundo na forma porquê as sociedades se conectam.

“O maior impacto do wifi foi o entrada equitativo à internet. Imagine se o mundo tivesse se desenvolvido somente com telefones celulares ou satélite. Só os ricos poderiam remunerar”, explica Sujit Dey, diretor do Meio de Comunicações Sem Fio da Universidade de San Diego (USD), nos Estados Unidos.

Wifi teve impacto profundo na forma como pessoas se conectam - Getty Images - Getty Images

Wifi teve impacto profundo na forma porquê pessoas se conectam

Imagem: Getty Images

O wifi é alcançável porque é fundamentado em um espectro sem licença.

“Isso significa que ninguém o controla, mas também significa que a qualidade do serviço às vezes é ruim. Mas, por ser um espectro sem limites, desde que você tenha as redes a cabo, a secção wifi é gratuita. Isso democratiza o aproximação. Sem wifi, milhões e milhões de pessoas não teriam nenhum tipo de entrada à internet”, diz Dey.

Mas o wifi também gera um efeito econômico. “São vários bilhões de dólares por ano. É um impacto fenomenal. É enorme o impacto da conectividade na vida das pessoas”, diz Dorothy Stanley, da Associação de Padrões do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE SA).

Segundo estimativas da organização sem fins lucrativos Wi-Fi Alliance, que é dona da marca wifi, ao longo de 2022, quase 18 bilhões de dispositivos habilitados estarão em uso.

O valor econômico global do wifi é estimado em US$ 3,3 trilhões (R$ 17,6 trilhões) em 2021. Em 2025, espera-se que esse valor atinja US$ 4,9 trilhões (R$ 26,1 trilhões), segundo um estudo.

O wifi também elevou as exigências por conexões mais eficientes, confiáveis e seguras, em cenários híbridos ou de trabalho remoto, de sistemas complexos de conectividade em mansão e nas empresas, e da internet das coisas.

Em um mundo cada vez mais conectado, nos perguntamos: qual será o horizonte da conectividade? O que virá depois do wifi?

Evolução

É importante lembrar que, embora o wifi tenha se tornado onipresente no mundo desenvolvido nas últimas duas décadas, ainda existem muitos lugares do planeta sem essa tecnologia e sem entrada à internet.

Por exemplo, estima-se que 244 milhões de pessoas na América Latina (ou um terço da população) não tenham aproximação à internet, de congraçamento com um estudo de 2021 do Instituto Interamericano de Cooperação para a Cultivação (IICA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Microsoft.

Mas, depois da pandemia de covid-19, a conectividade ganhou impulso, Muitas novidades tecnológicas por secção de governos e organizações ajudaram a levar conectividade a áreas remotas.

“O wifi não é a solução para tudo, mas é uma secção importante da solução universal”, diz Stanley.

A perito lista exemplos em áreas remotas da Índia e do Canadá onde foram implementados sistemas mistos de conectividade com satélites, filamento ótica e sem fio. A Cidade do México recebeu em 2021 o Recorde Mundial do Guinness porquê cidade mais conectada do mundo, com 21,5 milénio pontos gratuitos de internet.

Desde o lançamento do wifi, os padrões evoluíram continuamente, melhorando a velocidade, acrescentando novos recursos ou tecnologias e um novo nome de identificação.

O 802.11ax, ou Wi-Fi 6, é a atualização mais recente, lançada em 2021. Esse padrão oferece velocidade ultrarrápida de 9,6 gigabit por segundo (Gbps) e suporta bandas de frequência de 2,4 gigahertz (GHz), 5 GHz e 6 GHz e canais amplos (80, 160 MHz), entre outros recursos.

Mas ele ainda não está amplamente disponível no mercado.

Os engenheiros já estão trabalhando no próximo passo, o 802.11be ou Wi-Fi 7, com recursos aprimorados que prometem ser “um marco importante”, de pacto com um relatório do grupo de trabalho de junho de 2022.

Tudo parece indicar que não há limites para o wifi.

“Ainda não encontramos [limite], e a projeção é que haverá um desenvolvimento de dez vezes na demanda por fontes wifi nos próximos dez anos”, diz Stanley.

“Nosso objetivo é focar em maior alcance, desempenho e continuar a compatibilidade com versões anteriores, porque queremos que as pessoas usem seus dispositivos que já compraram.”

Os avanços no wifi não somente melhoram a velocidade, porquê também permitem que muitos dispositivos...

se conectem ao mesmo tempo e mantenham essa velocidade.

“Mais pessoas querem usar vários tipos de dispositivos. Não é exclusivamente o telefone, é o relógio, óculos, etc. Haverá cada vez mais dispositivos conectados. Por isso, o wifi continua se atualizando”, diz Dey.

Alternativas ao wifi

Embora o wifi ainda tenha muito espaço para crescer e seja a tecnologia mais firme para conectividade, existem algumas alternativas que podem complementá-lo ou talvez até substituí-lo no horizonte.

“O 5G está chegando à maioria dos países da Europa, Estados Unidos e América Latina. O problema é que a maioria das implantações de 5G foi baseada em 4G. Portanto, levará alguns anos para possuir uma verdadeira implementação de 5G”, diz Sujit Dey.

Até o final de 2026, o 5G deverá responder por murado de 43% dos pacotes de assinatura na América Latina, de tratado com um estudo da Ericsson. Mas os custos costumam ser mais altos.

“Muitas pessoas em diferentes demografias não conseguem remunerar um projecto 5G, logo o wifi ainda é a opção mais barata. Mas, é evidente, você não pode tirar o wifi de morada, logo, os planos 5G precisarão ser acessíveis”, diz Dey.

Existe também a possibilidade de transmissão de dados através da luz.

O Li-Fi, em que a transferência de dados é feita pela luz, é muito mais rápido do que o wifi - Getty Images - Getty Images

O Li-Fi, em que a transferência de dados é feita pela luz, é muito mais rápido do que o wifi

Imagem: Getty Images

O professor de Comunicações Móveis Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, cunhou o termo Li-Fi em 2011, uma tecnologia que usa luzes LED para transmitir dados.

O Li-Fi pode fornecer aproximação à Internet centena vezes mais rápido que o wifi tradicional, com velocidades de até 1 gigabit por segundo (Gbps).

A desvantagem dos roteadores wifi tradicionais é que vários dispositivos no mesmo espaço podem interferir uns nos outros. Já o Li-Fi pode usar várias luzes em uma residência sem interferência, diz seu fundador.

Para Dey, esse tipo de tecnologia é muito eficiente para ambientes internos, mas exige um dispêndio suplementar de infraestrutura. Por isso, não é uma escolha barata.

“Imagine um escritório onde você tem que colocar os refletores certos. Existem algumas vantagens em termos de velocidade e nível de conectividade, mas há as desvantagens de exigir novidade infraestrutura em termos gerais”, diz.

Um terminal de internet SpaceX Starlink na Ucrânia em maio - Getty Images - Getty Images

Um terminal de internet SpaceX Starlink na Ucrânia em maio

Imagem: Getty Images

Existe também a conectividade com satélites. Empresas porquê a Starlink, do bilionário Elon Musk, oferecem serviço de internet de filarmónica larga via satélite de subida velocidade em locais remotos e rurais por um projecto mensal de US$ 110 (R$ 585) com um dispêndio único de equipamentos de US$ 599 (R$ 3,2 milénio).

“O Starlink é uma soma inovadora ao nosso portfólio de conectividade. Acho que ela tem o potencial de aumentar a implantação de satélites existentes e tornar essa tecnologia talvez mais atingível e difundida”, diz Stanley.

No entanto, a informação via satélite tem uma latência subida, isso significa que o delongado é maior que o do wifi ou do celular.

“Para mitigar esse problema, algumas empresas têm satélites de trajectória mais baixa e têm menos problemas de delongado. Agora, eles estão tentando integrar satélite e wifi”, diz Dey.

“Se essa integração for muito-sucedida nos próximos anos, não serão somente poucas pessoas que poderão fazer as coisas remotamente. Muito mais pessoas conseguirão também, porque haverá conectividade wifi”, diz.

Dey também destaca o projeto do Google com balões e os de outras empresas com drones.

Um balão do Google pode ajudar a levar a internet a lugares remotos - Getty Images - Getty Images

Um balão do Google pode ajudar a levar a internet a lugares remotos

Imagem: Getty Images

“Acho que a melhor conexão será por via aérea, porque o dispêndio da infraestrutura é muito menor”, afirma.

“Você pode acessar áreas onde não existe filamento ótica, mormente em países subdesenvolvidos que desejam se tornar mais desenvolvidos.”

É evidente que existem várias tecnologias que estão sendo testadas e serão usadas no horizonte para se conectar.

“Não existe uma tecnologia que abranja tudo. Há tanta demanda por conectividade que precisamos pegar todas as peças, juntar os produtos e trazê-los ao mercado para atender às necessidades das pessoas em todos os lugares”, diz Stanley. “Nossa visão para o horizonte é que todos estejam conectados.”

Para Dey, o cenário da conectividade mudará completamente nos próximos dez a 20 anos, e é por isso que “a conectividade deve ser um recta inato nesta invasão na era moderna. “Não podemos fazer zero de forma construtiva sem conectividade”, conclui.

– Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/universal-62008999



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