Estudo Honda Civic Touring é purista e recreativo, mas precisa se atualizar


O primeiro Honda estimado pelo não poderia ser outro. Lançado em 1972, o Civic é um dos carros mais vendidos da história do mercado automotivo, sendo hoje um dos sedãs mais desejados no Brasil mesmo com uma demanda cada vez mais crescente por SUVs. Em sua 10ª geração, nascente veículo é um dos poucos capazes de coligar desempenho apimentado com conforto e ótima dirigibilidade, apesar de, neste momento, apresentar algumas defasagens de projeto que precisam ser corrigidas urgentemente.

Apesar de seus predicados, é necessário entender, também, sua proposta. O Civic, há qualquer tempo, tem tentado se descolar da imagem de “carruagem de tiozão” e conseguiu isso, com muitos méritos, em sua oitava geração, chamada de “New Civic”. Depois de na nona ser muito criticado por quem já havia se ajustado ao estilo mais esportivo, a Honda resolveu abraçar de vez a “desculpa” e apresentou um resultado muito encantador em 2016.

E isso pode ser justificado não somente por sua figura, que é muito mais agressiva que a dos rivais, mas também por seu desempenho na versão topo de risca, chamada de Touring. É nela que o Civic brilha e pode, de trajo, ser chamado de um sedã médio de reverência, capaz de botar pânico na concorrência.

Mas, indo para o quinto ano de projeto, o Honda Civic já escancara que precisa de uma atualização, sobretudo na secção tecnológica, para poder combater não somente o Toyota Corolla, seu principal rival, mas também os inúmeros utilitários que são lançados semana depois semana no Brasil e no mundo.

Imagem: Felipe Ribeiro/

O teve a oportunidade de testar o Honda Civic Touring, a versão topo de risco do sedã nipónico, e vai trazer todos os detalhes para vocês agora.

Sensação esportiva

O grande préstimo do Honda Civic Touring é reconhecidamente seu motor 1.5 turbo, que estreou nesta geração do sedã. Seus 173cv e 22,4 kgf/m de torque a exclusivamente 1700rpm tornam o veículo, sem dúvidas, o mais recreativo de guiar entre os modelos de sua categoria considerados acessíveis no mercado brasiliano (leia-se com exceção aos BMW, Mercedes e Volvo) — não, o Volkswagen Jetta GLI não compete com ele, e sim com o Civic Si, versão esportiva do nipónico. Seu 0 a 100km/h é feito em somente 8,6 segundos e a relação peso-potência é de 7,7 kg/cv (para ser recreativo, aquém de 9 já basta).

Imagem: Felipe Ribeiro/

Mas, essa sensação divertida de guiar não é exclusivamente proporcionada pelo motor extremamente eficiente do Civic, mas também por sua projeção na cabine. Por ter uma carroceria mais baixa, o sedã te passa a sensação de estar mais colado ao soalho. A suspensão, que é independente nas quatro rodas, ajuda com esse feeling, e o hip line (risco do quadril, em tradução livre), mais ainda. Ao entrar no carro, você se sente mais conectado a ele pelo seu posicionamento no banco e isso ajuda em curvas e manobras mais apimentadas.

Não que a versão 2.0 do Civic não seja lícito de guiar, mas seus 150cv já parecem cansados, principalmente se levarmos em conta que se trata de um motor aspirado e já idoso em conferência aos demais, incluindo o Toyota Corolla, também 2.0 aspirado, mas com tecnologia mais atual e eficiente.

Imagem: Felipe Ribeiro/

O único perversão do Civic Touring em termos de motorização é, talvez, sua modalidade de aprovisionamento. A Honda optou por trazer leste motor somente na versão à gasolina e, apesar dos bons números de consumo obtidos em nossos testes, com média de 10 km/l no rotação misto cidade/ estrada, a opção flex poderia dar até mais potência e eficiência energética ao sedã.

Ainda sobre o consumo, esses números podem permanecer ainda melhores quando adotado o sistema “Econ”, já publicado da risca Civic há algumas gerações. Com essa função ativada, o coche fica muito mais anestesiado, mas é capaz de consumir, no mesmo trajeto misto, um pouco na mansão dos 12 km/l.

Design, conforto e remate

Se compararmos com a geração anterior, o Civic evoluiu absurdamente em todos os quesitos, mas nenhum outro porquê o design, aperfeiçoamento e conforto. O projeto apresentado em 2016 tornou o sedã muito mais invasivo e musculoso, com linhas mais modernas e atraentes, o que escancara, evidente, a intenção em atrair um público mais jovem ao segmento.

Imagem: Felipe Ribeiro/

Já no interno, o salto também foi gigantesco. O aperfeiçoamento, que antes esbanjava plástico duro, hoje traz uma oferta maior de materiais sensíveis ao toque, principalmente no quadro, que está mais moderno e mais muito construído, passando um ar de mais sofisticação e elegância. No conforto, porém, devemos ponderar.

O Civic, porquê bom sedã médio, traz boa oferta de espaço e, evidente, conforto, mas seu rodar pode não ser dos melhores se você considerar o padrão deste tipo de carruagem. Sua esportividade e direção mais “direta” cobram o preço com uma viagem mais “dura”, com os impactos das nossas ruas esburacadas sendo transmitidos para a cabine quase que a todo momento. Tem quem goste, evidente, mas essa particularidade, ao mesmo tempo que atrai alguns clientes, afasta outros.

Imagem: Felipe Ribeiro/

Apesar disso, o salto de qualidade na vida a bordo do Civic é inegável, mas não há zero que não possa ser melhorado, não é mesmo?

Precisa de banho de tecnologia

Quando lançado em 2016, o Civic já estava detrás de alguns concorrentes quando o ponto era tecnologia. O extinto Ford Focus, por exemplo, já vinha equipado com facilitar de estacionamento e sistema de frenagem autônoma, para referir alguns itens. Mas, o sedã nipónico não chega a fazer mal-parecido, apesar de precisar de um “banho de loja”.

Imagem: Felipe Ribeiro/

Seu sistema multimídia de 7 polegadas é um dos mais completos do mercado e é conciliável com Android Auto, Apple Car Play e roteamendo Wi-Fi para os demais ocupantes. Aliás, ele reúne os controles de climatização e também de alguns itens de segurança do veículo. Um pormenor curioso, porém, é a possibilidade de conectar dispositivos por meio de um cabo HDMI (!!!), ou seja, em uma viagem longa, zero te impede de espetar um notebook, por exemplo, e observar a um filminho. O sistema de áudio também é alguma coisa que merece destaque. São 10 superior-falantes e um subwoofer, que entregam som premium de 452W.

Entretanto, as diferenciais do Civic no campo tecnológico param por aí. Isso porquê, mesmo em sua versão 2020, o carro não conta com pacotes de segurança que outros rivais já possuem, porquê Jetta, Corolla e Cruze. Itens porquê alerta de permanência em filete, sistema de frenagem autônoma, alerta de colisão e sensor de ponto cego já poderiam equipar, ao menos, a versão topo de risca do sedã.

Imagem: Felipe Ribeiro/

Nem mesmo a câmera de seta, que mais atrapalha do que ajuda, pode ser considerado um ponto positivo. Por mais que sua solução seja muito boa e ela, de vestimenta, auxilie na hora de mudar de filete (sempre da esquerda para direita), não é muito prático — e nem recomendado — mudar o campo de visão para um posicionamento tão aquém em manobras de risco porquê essa.

Apesar disso, o Civic é equipado com: seis airbags, ar condicionado de duas zonas, retrovisor eletrocrômico, sensores de ré e frontais para manobras, câmera de ré, sistema Iso Fix, cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos os ocupantes, assistente de partida em rampa, Hold Break, controle de tração e firmeza, distribuição eletrônica de frenagem, cluster do dedo, piloto automático, conjunto ótico full LED, partida do motor à intervalo, carregamento de celular por indução, volante multifuncional, ingressão e partida sem chave e controle de volume pela velocidade.

O que pode melhorar?

Além do que já citamos no campo tecnológico, a Honda precisa tornar o Civic mais interessante em suas demais versões. A diferença de desempenho das versões 2.0 para a 1.5 turbo é enorme e, mesmo que ajude no volume de vendas do sedã, é um pouco que não pode ser ignorado por fãs mais puristas do coche.

Imagem: Felipe Ribeiro/

Ou por outra, uma motorização flex na versão turbo também se faz necessária e seria um atrativo a mais para o veículo que, em seu padrão topo de risca, custa mais do que seu principal rival que, inclusive, oferece uma opção eletrificada híbrida ligeiro.

Sedã de reverência

Ao passar alguns dias com o Honda Civic Touring fica evidente porque leste carruagem carrega uma legião de fãs consigo. Com desempenho jocoso e eficiente, posição de encaminhar agressiva, design encantador e segurança a bordo (mesmo que com falta de alguns itens), o sedã é sonho de consumo de muitos entusiastas por conseguir coligar o conforto, esportividade e elegância.

No entanto, a Honda precisa atualizar seu principal carruagem urgentemente e é um pouco que já está na mira da montadora japonesa. Segundo flagras e informações de bastidores, o Civic deve lucrar sua 11ª geração em 2022, com o Brasil sendo um dos mercados.

Com mais tecnologia e segurança, além de versões de ingressão mais eficientes, o Civic pode — e deve — incomodar mais seu rival nipónico.

O Honda Civic Touring estimado pode ser adquirido por preços a partir de R$ 142.200,00. No , o veículo testado foi gentilmente doado pela Honda do Brasil.