Ilustração da Neisseria gonorrhoeae, bacteria que pretexto a gonorreia. Ilustração: Alissa Eckert/CDC
No término de semana, um termo particularmente horroroso começou a virar tendência nas redes sociais: supergonorreia. Isso porque a Organização Mundial de Saúde alertou recentemente que a pandemia está contribuindo com o surgimento de bactérias resistentes a antibióticos, incluindo as que causam a gonorreia. Infelizmente, a situação tende a piorar.
A resistência aos antibióticos vem crescendo lentamente ao longo de décadas, mas os efeitos estão se tornando difíceis de ignorar. Atualmente, acredita-se que as chamadas superbactérias matam muro de 35 milénio americanos anualmente, muito porquê 700 milénio pessoas em todo o mundo.
Uma das ameaças mais preocupantes atualmente é a Neisseria gonorrhoeae, a bactéria que, porquê o nome indica, motivo a gonorreia. A gonorreia geralmente não é mortal e muitas vezes não apresenta sintomas, mas se não tratada, pode levar a complicações porquê artrite, dores nas articulações e erupções cutâneas, muito porquê infertilidade e dor pélvica crônica.
A bactéria também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto, desencadeando uma infecção que pode ser trágico ou provocar problemas sérios porquê facciosismo. Os sintomas notáveis incluem secreção verdejante ou amarela dos órgãos genitais e dor ao urinar.
Essas bactérias são assustadoras porque estão se tornando impermeáveis aos antibióticos de primeira risco usados para tratá-las.
Em 2018, médicos do Reino Unificado relataram ter encontrado um varão com o primeiro caso espargido de gonorreia que era altamente resistente à terapia combinada usada na maioria dos países porquê tratamento padrão: os antibióticos ceftriaxona e azitromicina.
Embora a doença desse paciente fosse tratável com outro antibiótico, o caso confirmou os piores temores dos especialistas. Outros casos de supergonorreia, muito porquê outras infecções sexualmente transmissíveis altamente resistentes, foram documentados desde logo.
Ao longo deste ano, especialistas da Organização Mundial de Saúde e de outros lugares deram um alerta sobre o agravamento da resistência aos antibióticos devido à pandemia.
Por um lado, os médicos têm prescrito rotineiramente antibióticos para pacientes hospitalizados com COVID-19, uma doença causada por um vírus (antibióticos, porquê regra, não funcionam...
contra os vírus). Isso é feito porque pacientes hospitalizados podem desenvolver infecções secundárias causadas por bactérias.
Pesquisas preliminares também sugeriram que o antibiótico azitromicina pode ter um efeito antiviral suplementar, possivelmente em combinação com outras drogas porquê a hidroxicloroquina.
Desde logo, porém, estudos revelaramque a azitromicina, administrada sozinha ou com hidroxicloroquina, não teve nenhum impacto no quadro de pacientes com COVID-19. Outras pesquisas descobriram que os médicos geralmente prescrevem antibióticos para pacientes sem nenhuma evidência de que eles tenham infecções bacterianas.
Isso nos leva à semana passada, quando o jornal The Sun do Reino Unificado informou sobre o alerta da OMS sobre a gonorreia.
Além das questões supra, a OMS também observou que a pandemia provavelmente está fazendo as pessoas atrasarem testes de infecções sexualmente transmissíveis e cuidados médicos. Assim, mais pessoas podem ou não deslindar que têm gonorreia ou tentar se automedicar de maneira inadequada.
O uso indevido e excessivo de antibióticos, particularmente a azitromicina, está exclusivamente adicionando mais dinamite ao barril de pó que é a supergonorreia.
“Tal situação pode cevar o surgimento de resistência à gonorreia”, disse um porta-voz da OMS ao The Sun.
O pior é que as taxas de gonorreia e outras DSTs aumentaram em muitos lugares recentemente. Os EUA, por exemplo, tiveram um número recorde de registros em 2018, com casos de gonorreia subindo pelo quinto ano ininterrupto.
É provável (até provável) que a pandemia tenha minguado a atividade sexual de muitas pessoas leste ano. Mas as bactérias resistentes aos antibióticos não desapareceram, e os casos de supergonorreia e outras infecções altamente resistentes, sem incerteza, continuarão a aumentar nos próximos anos.
Ainda há esperança de que um número suficiente de novos antibióticos e outras terapias possam ser desenvolvidos a tempo de evitar o pior cenário, em que as infecções bacterianas comuns se tornariam tão perigosas quanto eram há um século. Os cientistas também estão trabalhando em vacinas para doenças porquê a gonorreia. Mas não há uma solução clara no horizonte e o tempo está se esgotando.
Em 2014, um relatório encomendado pelo governo do Reino Unificado estimou que, se zero fosse feito, as mortes anuais em todo o mundo por infecções resistentes a antibióticos eclipsariam as mortes por cancro até 2050, com muro de 10 milhões de mortos por ano. Se isso intercorrer, a supergonorreia será a menor das nossas preocupações.