Os entalhes nas telas dos smartphones são feios, embora estejamos nos acostumando a eles. Ainda assim, algumas fabricantes mais criativas inventaram mecanismos para acoitar a câmera frontal que não fosse num buraco no espaço da tela. O Zenfone 6, da Asus, é um desses smartphones. Ele tem uma câmera que parece um Transformer: ela gira 180º e utiliza os mesmos sensores para selfies e fotos… normais?
O aparelho chegou no Brasil em outubro de 2019, com preço a partir de R$ 2.699. Foram quatro modelos anunciados:
- 6 GB de RAM/64 GB – R$ 2.699 à vista
- 6 GB de RAM/128 GB – R$ 3.399 à vista
- 8 GB de RAM/ 256 GB – R$ 3.999 à vista
- 12 GB de RAM/512 GB – R$ 4.899 à vista (edição comemorativa de 30 anos da Asus)
Para a surpresa universal, apesar de quase seis meses de anunciado por cá, o celular continua custoso – na verdade, nesse mesmo patamar supra, de topo de risca. As especificações fazem jus aos valores, com tela IPS LCD de 6,4 polegadas, chip Snapdragon 855, bateria de 5.000 mAh e um conjunto de câmeras com um sensor principal de 48 megapixels f/1.8 e outro de 13 megapixels f/2.4 com lente grande angular.
Passei algumas semanas testando o aparelho e nos próximos parágrafos história se esses atributos todos fazem o Zenfone 6 valer a pena.
Design e tela
É inevitável iniciar com a secção estética e de projeto do Zenfone 6. A câmera Transformer é o que labareda a atenção de qualquer pessoa que vê o modo selfie sendo ativado. O módulo com as duas câmeras gira em 180 graus para fora, porquê uma tampa ou uma porta, e passa a indicar para o lado da tela. A Asus labareda a tecnologia de Flip Camera, ela faz um barulhinho engraçado e confesso que tive susto de quebrar o mecanismo num esbarrão eventual – o que não aconteceu.
Esses mecanismos só me deixam com o pé detrás em relação à duração. Perguntei para a Asus quantas vezes a câmera poderia ser viradela e desvirada e a resposta foi: 100 milénio vezes, ou 28 movimentos diários durante 5 anos. A marca destaca também que o módulo retrai caso os sensores do celular detectem queda.
É evidente que se isso quebrar, vai dar a maior dor de cabeça. Mas meu lado racional também implica que, com o método tradicional, da câmera detrás de um vidro perto de tela, uma queda é o suficiente para estilhaçar o vidro e exigir uma troca totalidade da peça – neste exato momento, não sei o que seria mais custoso. Logo, a dica é: tente não derrubar o seu celular.
A teoria é interessante e garante que até mesmo as selfies tenham ótima definição – na maioria dos aparelhos, os sensores frontais são menos competentes do que os traseiros. Esse mecanismo do sensor também pode ser controlado manualmente, deslizando o dedo sobre o ícone de inverter a posição da câmera no app. Uma função porquê essa tem utilidades muito específicas, porquê a procura por um ângulo inusitado ou se você quiser espionar alguém. Talvez seja interessante para fazer travellings em filmagens, mas achei o controle lento para esse tipo de coisa – para simplesmente interpolar entre o modo selfie e o modo paisagem, é muito rápido. É difícil imaginar a utilidade real, mas bom saber que pelo menos há essa possibilidade.
Sobre o visual em si, o Zenfone 6 é um aparelho bastante bonito. A traseira de vidro e os materiais de remate são dignos de smartphones top de risco e é bacana ver a tela ocupando praticamente todo o espaço frontal. A solução do quadro é bacana, também e mesmo com 6,4 polegadas me acostumei rápido com a pegada dele, embora pareça um trambolho.
Por outro lado, achei estranho que o sensor de luminosidade para o fulgor automático não funcionou tão muito – pode parecer um pouco simples, mas é irritante permanecer com a tela escurecido ao entrar num envolvente mais evidente ou ver um clarão insuportável nos olhos quando você liga o celular no quarto escuro. O sensor até funciona, mas ele lentidão bastante para regular o cintilação da tela.
Câmera
Agora, deixando de lado a secção de projeto e aprofundando mais no quesito qualidade da câmera, os sensores do Zenfone 6 fazem um bom trabalho. Pode não ser o sensor mais competente do mercado top de risco em cada pormenor, mas não faz mal-parecido. E, porquê de hábito nesses conjuntos com lente grande angular, as fotos mais abertas não possuem o mesmo nível de detalhes, nem as mesmas cores do sensor principal.
Na maioria das vezes, consegui fazer um bom clique rapidamente. Em outros momentos, com cenários mais escuros, o aplicativo pede que você mantenha o celular firme para fazer uma foto HDR (para ter cores e detalhes mais refinados). A experiência é generalidade em vários smartphones, porém em mais de uma foto esse...
processamento demorou uma evo – em uma das ocasiões, ele parecia não terminar nunca e eu desisti da foto. Isso pode ser decepcionante caso você queria conquistar um momento rápido, logo vale a pena desativar o HDR nas opções e optar por ele em casos específicos – por padrão, o recurso vem no modo automático e o software decide quando utilizá-lo.
Tirando a questão do HDR, o sensor tira boas fotos mesmo quando as condições de iluminação não são ideias. Um bom nível de detalhes, soído não muito exagerado e cores bacanas. O Modo Noturno, por sua vez, só tá ali para marcar território, não funciona tão muito.
Nos momentos que precisei, a câmera do Zenfone 6 foi consistente. Pode não ser o melhor sensor, no nível do Huawei P30 Pro, mas não decepciona.
Desempenho
O Zenfone 6 tem credenciais para um desempenho supra da média – o padrão mais barato vem logo com 6 GB de RAM, além do processador Snapdragon 855. E é o que ele entrega – ótima performance, para a maioria das tarefas que você possa imaginar, seja jogar Alsphalt 6, intercalar entre aplicativos que nem um robô ou visitar páginas pesadas no Chrome.
Para o uso porquê o meu, que consiste em trocar mensagens, ler, consultar e-mails, velejar nas redes sociais, ouvir música e consumir teor no YouTube/Netflix/Amazon Prime, é desempenho que dá e sobra – o que na prática significa que pode ser um aparelho longevo, para manter o dia a dia por alguns anos.
O aparelho roda o Android 10 com uma categoria de personalização da Asus que já foi muito pior. A quantidade de aplicativos pré-instalados diminuiu drasticamente (ainda que o Facebook, Messenger e Instagram não possam ser completamente desinstalados) e a maioria das funções adicionais são relativamente úteis – o Android 10, na verdade, já abarca praticamente tudo o que você deseja num sistema operacional.
Ah, menção honrosa ao leitor de impressões digitais da traseira que é muito veloz e poucas vezes exigiu que eu repetisse a ingressão.
Bateria
Uma das minhas surpresas com as especificações do celular foi a bateria. Ela é realmente grande: 5.000 mAh, número muito maior do que concorrentes. No dia a dia, ela aguenta muito o tranco e cheguei a passar mais de um dia sem colocar o aparelho na tomada – principalmente no final de semana, quando mal uso o smartphone.
Tirando o celular da tomada perto das 8h, usando-o moderadamente até o meio-dia, chegando ocasionalmente durante a tarde e fazendo uso mais intenso a partir do prelúdios da noite, consegui chegar ao final do dia entre 35% e 45% restante. A caixa vem com um carregador rápido que garante mais autonomia para momentos de desespero, mas não espere tanta velocidade dele.
Decepciona o indumentária de um celular dessa fita de preço não vir com tecnologia de carregamento sem fio. Quando abri a caixa do aparelho e vi a traseira de vidro, imaginei que poderia usá-lo na minha base – coloquei o celular lá e zero, pensei que poderia ser um posicionamento incorrecto, mas quando pesquisei, vi que era incompatível mesmo.
Vale a pena?
No lançamento, o Zenfone 6 tinha um dispêndio-favor bastante interessante. Era o único celular com especificações parrudas com uma versão que custava menos do que R$ 3.000. Acontece que esse padrão base, de 6 GB de RAM e 64 GB de armazenamento que tem preço sugerido de R$ 2.699 à vista está difícil de encontrar no varejo – fiz várias pesquisas e me deparei com “resultado indisponível” ou a versão com 128 GB que salta para muro de R$ 3.100. Se você permanecer de olho em promoções, o Huawei P30 Pro pode até manar porquê um candidato.
Asus Zenfone 6
Smartphone Asus Zenfone 6 64GB Dual Chip Android Tela 6.4″ Qualcomm Snapdragon 4G Câmera …
R$2999
E por preços próximos de R$ 3.000, o Zenfone 6 tem concorrência pesada: Galaxy S10+ e Galaxy Note 10 – dois modelos com desempenho de sobra, software mais refinado, carregamento sem fio e reputação melhor quando o tema é suporte. E por valores menores ainda, o Galaxy S10e e Galaxy S10 podem ser considerados, principalmente com o padrão de 64 GB da Asus indisponível.
A Asus fez um bom trabalho com o Zenfone 6: saiu do tradicional com o design do conjunto de câmeras e manda muito em todos os quesitos, com uma exceção cá e ali (falta de carregamento sem fio, por exemplo). Só falta arrumar os estoques – e torcer para o mecanismo das câmeras funcionar do jeito que a Asus promete.
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